segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Selling England By The Pound - Genesis


Selling England by the Pound - Genesis


Track List: 

1. "Dancing with the Moonlit Knight" – 8:02
2. "I Know What I Like (In Your Wardrobe)" – 4:07
3. "Firth of Fifth" – 9:35
4. "More Fool Me" – 3:10
5. "The Battle of Epping Forest" – 11:49
6. "After the Ordeal" – 4:13
7. "The Cinema Show" – 11:06
8. "Aisle of Plenty" – 1:32


Músicos:

Peter Gabriel – Vocal, flauta, percussão e oboé
Steve Hackett – Guitarra
Tony Banks – Órgão, guitarra, piano e teclado
Mike Rutherford – Contrabaixo, guitarra e cítara
Phil Collins – Bateria, percussão e backing vocals


Genesis: 


Era Peter Gabriel

Os Genesis gravaram o seu primeiro álbum From Genesis to Revelation em 1968 depois de fazerem um acordo com Jonathan King, um compositor e produtor que teve um single de êxito na altura chamado "Everyone's gone to the moon". A banda gravou uma série de músicas reflectindo o estilo pop leve dos Bee Gees, de quem King era grande admirador, tendo King juntado estas músicas num pseudo álbum conceptual juntando-lhe arranjos de cordas. O álbum foi um terrível fracasso e a banda sentindo-se manipulada por King disse-lhe que se tinham separado, de modo a conseguirem quebrar o contracto que tinham com ele. Até hoje King é abominado pela banda e seus fãs, por dizer que foi ele quem deu nome ao grupo e por ter sempre tentado ganhar os direitos do primeiro álbum para regravação.

A marcha dos Genesis continuou, tocando onde conseguiam. Acabaram por fazer outro contrato com a Charisma Records. Devido às actuações ao vivo a banda começou a ser conhecida por melodias hipnóticas, que eram muitas vezes também, escuras, assombradas e com uma sonoridade medieval, Anthony Philips deixou a banda em 1970 a seguir ao lançamento de Trespass devido a discordâncias quanto ao rumo que a banda estava a seguir e a episódios de medo do palco. A partida de Phillips foi bastante traumática para Banks e Rutherford que devido a Phillips ser um membro fundador, tinham dúvidas sobre se deveriam ou não continuar sem ele. Eventualmente os restantes membros reuniram-se renovando o compromisso com os Genesis e afastando John Mayhew no acordo. Steve Hackett e Phil Collins juntaram-se ao grupo após terem respondido a anúncios no Melody Maker e realizado audições com sucesso. Em 1971 editam Nursery Cryme.

Em 1972 é editado o álbum Foxtrot que continha a faixa de 23 minutos “Supper’s ready” e “Watcher of the skies” inspirado em Arthur C. Clarke; a reputação dos Genesis como compositores e intérpretes sai solidificada. A presença em palco extravagante e teatral de Peter Gabriel que envolvia numerosas mudanças de vestuário e histórias surreais contadas como introdução para cada música, fizeram da banda uma das mais faladas no princípio dos anos 1970, principalmente no que dizia respeito a espectáculos ao vivo. Selling England by the Pound, editado em 1973, é aplaudido tanto pela crítica como pelos fãs por quem é normalmente considerado como o seu melhor trabalho. Clássicos como “Firth of Fifth” e “Cinema Show” seriam peças fundamentais nos concertos da banda durante muitos anos. A banda depressa se aventurou num projecto muito mais ambicioso, o álbum conceptual The Lamb Lies Down on Broadway, que foi editado em Novembro de 1974.


Era Phil Collins

Peter Gabriel deixou a banda em 1975 a seguir à digressão de divulgação de The Lamb Lies Down in Broadway por se sentir cada vez mais separado da banda, tendo o seu casamento e o nascimento do primeiro filho ajudado a aumentar essa tensão pessoal. Os outros membros do grupo escreveram praticamente todas as músicas do álbum, tendo Gabriel limitado-se a escrever a história e as letras sozinho. O primeiro álbum solo de Gabriel, Peter Gabriel I de 1977 continha “Solsbury hill”, uma alegoria à sua saída dos Genesis.

Após considerarem vários substitutos para Gabriel, decidiram que Phil Collins iria substituí-lo, mudando assim a forma da banda de um quinteto para um quarteto. Para surpresa de muita gente, Collins provou ser o vocalista ideal para a banda, já que havia quem achasse que a banda cairia na miséria sem Peter Gabriel. A Trick of the Tail e Wind and Wuthering, editados com um ano de intervalo um do outro, foram bem recebidos na generalidade, demonstrando que os Genesis afinal eram mais do que uma banda de suporte do seu ex-líder. Bill Bruford, acabado de sair dos King Crimson, juntou-se ao grupo na digressão de 1976 como baterista e mais tarde, Chester Thompson (veterano dos Weather Report e de Frank Zappa) tomaria conta da bateria nos concertos, deixando Collins livre para o vocal.

Em 1977 Steve Hackett deixou o grupo. Para o seu lugar foi chamado Daryl Stuermer. A saída de Hackett reflectiu no título do álbum seguinte And Then There Were Three, pois o grupo passara a ser um trio. Este álbum iniciou também outra grande alteração, com a banda a afastar-se das músicas longas e a entrar no formato mais curto e amigável para as rádios; este álbum conseguiu o primeiro single de êxito nos Estados Unidos com "Follow you follow me". Seguiu-se Duke que atingiu a platina e que trouxe mais dois grandes êxitos para a banda, "Turn it on again" e "Misunderstanding". O êxito dos Genesis pelos anos 1980 estava assegurado, embora muitos fãs da era Gabriel se sentissem alienados. Cada álbum tornava-se mais e mais comercial e as audiências aumentavam na mesma proporção.

Dois anos depois de lançar Abacab, em 1981, o álbum Genesis ainda trazia algumas composições próximas no progressivo como "Mama" e "Home by the Sea", esta conhecida pelas duas versões, uma delas totalmente instrumental. Em 1986 é lançado Invisible Touch, de longe o maior sucesso de vendas do público, com mais de 20 milhões de cópias vendidas. Hits como "Invisible Touch", "Tonight Tonight Tonight", a romântica "In too Deep" e "Throwing It All Away" pegam de assalto as paradas de sucessos de todo o mundo, além do bem-sucedido videoclipe de "Land of Confusion" na MTV. Nos fins dos anos 1980 e princípios de 1990, a banda tocava regularmente em grandes estádios por todo o mundo e em Julho de 1987, tornaram-se mesmo os primeiros a tocar quatro noites seguidas no estádio de Wembley.

Os concertos da banda aumentaram consideravelmente devido à sua aderência à tecnologia de ponta. Os Genesis foram a primeira banda a usar "Vari*Lites", ecrãs gigantescos e o sistema de som "Prism", todos eles agora, objectos normais em qualquer grande espectáculo.


O disco: 

Olá meus caros amigos leitores e fãs da música inteligente!

Finalmente, após algum tempo admito, consigo postar semanalmente consecutivamente no meu Planeta favorito! 

E hoje escolhi outra de minhas bandas favoritas para homenagear, e através desta voltamos a retratar o estilo musical que me fizera fã de toda a música inteligente que ouço nos dias de hoje; falo, é claro, do rock (ou música, como costumo retratar) progressivo (progressiva) e da banda Genesis

Como vimos acima na ficha de breve relato (biografia resumida) da banda, o Genesis é considerada uma das maiores bandas de todos os tempos; e eu, por minha vez, assino em baixo. Não só pelos músicos excepcionais que passaram pela banda (Tony Banks, Chester Thompson, Bill Bruford, Steve Hackett entre outros) ou por seus dois principais líderes que tornaram-se estrelas mundiais, sendo estes Peter Gabriel e Phil Collins, mas o Genesis se tornara uma das maiores bandas de todos os tempos pois, aliado aos fatos acima, na qualidade de artistas, a banda atingira um ápice criativo como poucos conquistaram. 

A escolha do homenageado Selling England by the Pound não é por acaso; é claro que eu poderia ter escolhido outros álbuns, tais como o Nusery Cryme, o Foxtrot ou o The Lamb Lies Down on Broadway que são, na opinião da crítica especializada, tão bons ou até melhores do que o "SEBTP"; mas na minha opinião, nenhum dos supra citados possuí a beleza que encontramos no mesmo; Além de inteligente, marcante e muitíssimo bem feito, a beleza de Selling England by the Pound é notável e seu ponto forte.

Primeiramente, faz-se necessário destacar que Selling England by the Pound fora o maior sucesso comercial da banda na era Peter Gabriel; o Genesis vivia, caros amigos, sua melhor fase em toda a história da banda, na minha opinião. Fora o melhor time montado, os integrantes estavam em seu ápice técnico instrumental e criativo intelectual e esbanjavam bom gosto em suas composições.; não a toa, o álbum consagrou de vez o Genesis como uma das maiores e melhores bandas de rock progressivo de todos os tempos. 

Meus destaques musicais são três, sendo o primeiro para a música "I Know What I Like", que se tornara o grande hit do disco e conscequentemente da banda, sendo tocada até as últimas apresentações desta no comando de Phil Collins no chamado "Old Medley", que trazia, como o próprio nome sugere, as músicas mais antigas (e melhores, na minha opinião) da mesma. Com um belíssimo arranjo, um refrão contagiante e uma levada prazerosa, a música "I Know What i Like" é um dos principais destaques do disco. 

O segundo destaque musical do disco que gostaria de enaltecer, por sua vez, é a música "The Cinema Show", outro dos pontos altos criativos do disco. Esta música sintetiza um pouco de todo o melhor que há no Genesis para se apreciar; um instrumental refinado comandado pela melódica flauta de Peter Gabriel; um belíssimo solo de teclado por parte de Tony Banks; uma bateria pulsante e marcante por parte de Phil Collins (e aqui, vai um desabafo: Que IMENSAS saudades deste Phil Collins, barbudo e cabeludo do Genesis; este dos últimos anos,em carreira solo, careca pela saco, nem se compara ao Collins dos velhos tempos!); complexas variações rítmicas (como peculiar e habitual em se tratando de música progressiva), enfim; uma belíssima composição! 

Por fim, meu terceiro e por ora último destaque musical vai para a incomparável "Firth of Fifth" e seus inigualáveis 9 minutos e 35 segundos. Mais uma vez, na minha modesta opinião, "Firth of Fifth" é simplesmente a melhor música de toda a carreira do Genesis. A maioria dos fãs e a crítica especializada apontam como a melhor música da carreira da banda a grandiosa "Supper´s Ready" e a emblemática "The Musical Box", que também são duas das minhas canções favoritas da banda. Porém creio que nenhuma das duas se compara com "Firth of Fifth", um marco tanto na história da banda quanto, confesso, em minha vida; tal música entra, sem sombra de dúvidas, em meu top 10 de músicas favoritas de todos os tempos e seu solo de guitarra, a cargo de Steve Hackett, entra também, seguramente, em meu top 5 de solos de guitarra favoritos na história do rock (junto com Bohemian Rhapsody por Brian May, o segundo solo de Dreams por Eddie Van Halen, The Wall e Confortably Numb, ambos por David Gilmour). A obra prima começa com uma parte agitadíssima e incomparavelmente bela de piano onde Banks mostra toda sua influência na música erudita, há uma calmaria trazida através da voz de Gabriel; em seguida, Peter novamente nos traz uma variação através de suas melodias lindíssimas com sua flauta; há novamente uma variação rítmica onde novamente Banks toca sua introdução no piano, mas desta vez no teclado e com toda a banda tocando, em boa parte do tempo em forma de convenção; e, logo em seguida, vem o que, na minha opinião, o ponto alto da música; uma das melhores performances de Hackett como guitarrista em um lindíssimo solo de guitarra e Collins como baterista, mostrando que o mesmo fora, de fato, um ótimo instrumentista; enfim, "Firth of Fifth" torna-se incomparável; Audição obrigatória a todo fã, assim como eu, do rock progressivo e da música inteligente! 

Enfim, o Genesis fora e sempre será uma das maiores e melhores bandas de rock, música progressiva e música inteligente de todos os tempos; revelara grandes músicos, um grande gênio compositor e uma grande estrela da música internacional e nos deixou um legado, principalmente na criativa década de 70, que provou-se atemporal, único e especial; EU RECOMENDO! 


Vídeo:




Ouça: 


Referências Bibliográficas:




ENJOY!

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